Museu da Ci�ncia - Universidade de Coimbra
Exposição Temporária

1 a 31 de Maio, 2020

Uma Raposa Académica

Em mês de tradições académicas, falamos de raposas.

… da que faz parte do imaginário Coimbrão, retratada num azulejo à entrada dos Gerais, na Faculdade de Direito. A tradição manda que os estudantes lhe deem um pontapé… para afastar os chumbos. Isto porque “trazer uma raposa para casa” é sinónimo de reprovar o ano.

… mas, sobretudo, do animal por detrás desta história.

Cabeça pequena, focinho esguio, orelhas grandes e triangulares. Cauda farta e longa, e uma pelagem avermelhada com tons de cinzento e castanho.

Habituámo-nos a ver raposas em todo o lado, desde as nossas florestas até ao centro de Londres. E com razão. Estes animais cosmopolitas são bem sucedidos em diversos habitats, o que faz com que sejam o carnívoro selvagem com maior distribuição mundial.

Fazem parte da Família Canidae – juntamente com os cães e lobos. São predadores generalistas. Ou seja, embora prefiram caçar pequenos mamíferos (roedores, coelhos), quando lhes faltam, alimentam-se do que encontram (aves, répteis, insetos ou até frutos). Se o alimento natural escasseia, recorrem a áreas humanizadas, indo à procura de animais domésticos ou restos de alimentos no lixo. Mamífero astuto, são tipicamente noturnos, tendo uma audição e um olfato muito apurados, conseguindo detetar roedores a 200 m de distância e animais maiores a 400 m.

A sua época de reprodução acontece entre dezembro e fevereiro. Têm uma ninhada por ano, na altura da Primavera, de onde nascem cerca de 4 a 6 crias. Estas são surdas e cegas à nascença, e ambos os progenitores participam nos cuidados parentais. Ao fim de 3 a 5 meses tornam-se animais independentes. O exemplar exposto – de um juvenil – foi capturado em 1881, na zona de Coimbra.

 

Vulpes vulpes (Linnaeus, 1758)
ZOO.0002897
Coimbra, 1881 / juvenil

Mais informações

Local: Átrio do Laboratório Chimico (atualmente apenas uma exposição virtual)

Horário: 10H00 - 18H00

Entrada livre

Apoio:

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