Máscara frenológica de Maximilien Sébastien Foy
Maximilien Sébastien Foy (1775-1825), militar e orador virtuoso, foi combatente nas Invasões Francesas a Portugal (1808-1812). Em 1808, após a Batalha do Vimeiro, foi nomeado General. Sobrevivendo à tentativa de assassinato na Batalha do Porto, ficou ferido no Buçaco. Teve ainda como missão transmitir a Napoleão o revés na Batalha das Linhas de Torres. Depois da derrota em Waterloo, Foy voltou à vida civil e dedicou-se à preparação do que seria a História das Guerras Peninsulares sob Napoleão .
Acérrimo defensor das liberdades constitucionais, foi eleito para a Câmara dos Deputados, em 1819. A fama de orador e militar reputado deram-lhe grande popularidade. O seu funeral, em 1825, contou com milhares de pessoas, que se reuniram para uma recolha nacional de fundos para proteção da sua viúva e órfãos. No ano seguinte, foram editados dois volumes com os seus discursos .
A máscara de Foy veio para o Museu por legado do comendador português Joaquim da Gama Machado, em 1862. Integrava a coleção frenológica, constituída por cerca de 180 objetos. Inicialmente, existia um projeto de criação de um gabinete de estudo, o qual nunca viria a ser concretizado em virtude do descrédito da frenologia.
Da observação da forma do cérebro, os frenologistas propunham descobrir o caráter e personalidade do ser humano. A ciência precisava de provas científicas para se afirmar. Um dos métodos usados na validação dos seus estudos foi a realização de moldes das cabeças em gesso, dando origem a grandes coleções. Quem aí figurava eram pessoas que se salientavam na sociedade pelas suas particularidades, de virtude ou imoralidade.
Maximilien Sébastien Foy
ANT.00105